terça-feira, 30 de outubro de 2012

Greve das Universidades Federais

A greve organizada pelo Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) foi deflagrada no dia 17 de maio e chegou a ter a adesão de 57 das 59 universidades federais do país. Na qual, duas não aderiram às paralisações – as federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Itajubá (Unifei). Até a semana perto de completar quatro meses, ainda contava com a adesão de 13 instituições, segundo o Ministério da Educação, superando todas as quatro maiores greves já registradas na instituição pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua). De acordo com dados, as quatro maiores paralisações aconteceram nos anos de 1991, 1998, 2001 e 2005. Durante o período de greve apenas 1,5% das atividades acadêmicas estavam sendo realizadas no campus, estudantes de projetos e pós-graduação de algumas áreas são os que frequentam a universidade nesse período de incertezas. Segundo cálculos feitos pela Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (Proeg), só na UFAM 700 alunos deixaram de colar grau no primeiro semestre um dos grandes prejuízos que a greve causou.
Entre as reinvindicações dos docentes está:
 - A destinação de 10% do PIB e 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal exclusivamente para a educação, ciência, tecnologia e inovação.

- Expansão qualificada do sistema público de educação superior através da interiorização das universidades públicas que já existem e criação de novas em regiões estratégicas para o desenvolvimento nacional e regional, com especial atenção aos cursos noturnos.

-Que as Políticas Públicas para Educação, respeitem as questões regionais para o investimento, principalmente numa região como nossa, é preciso reconhecer o Custo Amazônico.

- Implantação de um plano emergencial para conclusão das obras de infraestrutura que estão atrasadas na universidade, como o Centro de Convivência e o RU do Setor Norte no Campus de Manaus e nos demais polos, como Parintins: a Quadra de Educação Física e a Fazenda Experimental. 

- Valorização dos Professores, Servidores e Técnicos, com o Plano de Cargos e Carreiras que atendam os anseios das Classes.

- Contratação de mais professores e servidores técnico-administrativos para atender a demanda de cada polo da UFAM, via concurso público.

- Paridade nos conselhos superiores, implementação do Orçamento Universitário participativo.

 - A triplicação das verbas que o governo, por meio do Plano Nacional da Assistência Estudantil- PNAES destina à assistência estudantil.

 - Construção do R.U Setor Sul e nos Polos do Interior, com Cozinha própria.

-Disponibilização de Refeições em todos os Turnos, garantindo a oferta no horário noturno.

- Construção do Novo Prédio e Investimento nas Bibliotecas universitárias, com ampliação de acervo, da capacidade, do horário de atendimento e da viabilização de novas técnicas de acesso à informação, capital e interior.

- Investimento na Reforma e na Modernização do Hospital Universitário

- Melhoria de Sinal de Rede de Internet e de Comunicação Telefônica

- Laboratórios de Informática em todas as Unidades, Capital e Interior com disponibilidade de Servidor para garantir atendimento em todos os Turnos.

- Fazendas Experimentais bem equipadas e com a garantia dos mecanismos que garantam as aulas de campo, como transporte e diárias.

- A urgente aquisição de Embarcações que garantam a locomoção nos polos, onde este é o principal meio de locomoção.

- Casa do Estudante– Construção no Campus Manaus e Polos do Interior, com cozinha, lavanderias e ampliação de vagas.

- Construção da Creche Universitária, pois está mais do que na hora, da universidade compreender seu papel social e assistência estudantil no sentido mais amplo,

-Incentivo à pesquisa e extensão, ampliação de bolsas e do valor disponibilizado.

A greve é um direito constitucional assegurado a qualquer categoria de trabalhadores, ela é um instrumento de importância num regime democrático quando utilizada corretamente. A greve deflagrada pelos docentes de todo o país apesar de ter reivindicações consistentes e de importância para o avanço do ensino superior no Brasil acabou por colocar a sociedade contra ela quando está passou de uma demonstração legal da democracia para um radicalismo sindical, sim radicalismo sindical, pois acabou por transgredir regras de bom senso quando deixaram hospitais de todo o país abandonados, alunos sem aula além da perda de intercâmbio por alguns, jogando para a sociedade seus descontentamentos salariais, fazendo pressão sobre o governo a fim de fazer este ceder a todas as suas vontades, ora governos do mundo inteiro tem ao menos um plano de orçamento anual que deve ser planejado e obedecido, é um instrumento de controle de gastos que por mais verdadeiras e legais sejam as reivindicações dos professores não podem ser modificados de uma hora para outra, pois se ceder para uma área outra com certeza sofrerá as consequências então nos perguntamos é melhor termos dinheiro na educação e faltar para a saúde, ou, termos os dois equilibrados? Você com certeza dirá que o melhor é ter os dois em equilíbrio.

O que estamos discutindo não é a greve em si, pois está tem base constitucional, o que queremos aqui é salientar que a greve apenas é vantajosa quanto preceitos básicos são preenchidos como o diálogo correto com as autoridades levando em conta todas as barreiras governamentais e principalmente quando direitos sociais são respeitados.

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