domingo, 20 de maio de 2012

1 Caminho, E quantas possibilidades ?

       A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil só alcançará a posição de sexta potência mundial quando os brasileiros também forem a "sexta população mais rica do planeta". "Para nós, para os que pensam como nós, o Brasil só chegará a ser a sexta potência do mundo se a sua população for também em matéria de acesso a riqueza e aos bens  a sexta população mais rica do planeta", disse. A presidente afirmou ainda que o mundo mudou o olhar sobre o Brasil e que os brasileiros são, hoje em dia, mais "orgulhosos". Ela disse ter certeza de que o país contribuiu para inserir na agenda internacional temas como combate a fome e desigualdade social.

        Contudo, é importante que o Brasil tenha o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, mas ponderou que o país "jamais será realmente rico se não pudermos todos participar e desfrutar das benesses do nosso desenvolvimento". "Hoje nós, brasileiras e brasileiros, olhamos para nós mesmos com outros olhos. Olhos mais orgulhosos. O mundo também nos olha com muito mais respeito e admiração", declarou.

        Uma vez dito cabe a nós verificarmos as possibilidades de tal ação , e refletirmos o quanto isso afetaria a sociedade brasileira , vendo que a desigualdade social existe e continua independente de grandes transformações e que o cenário mundial tem uma nova visão do Brasil. deixe seu comentário a respeito disso ! 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Novas configurações da economia global

Atento às novas configurações da economia global abaixo encontramos um artigo escrito pelo economista Dércio Garcia Munhoz para a revista Desafios do desesnvolvimento do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em que ele analisa a nova crise global e os problemas enfretados pelos países europeus. BOA LEITURA !


A Europa se endividou para salvar os bancos Imprimir

As economias europeias passaram, nas últimas décadas e desde a criação do Mercado Comum Europeu, com o Tratado de Roma de 1961, por diferentes momentos e diferentes experiências, indo do mais fundo das preocupações a auges de euforia. O pessimismo surgiu, por exemplo, quando da crise do dólar de 1971-73, que esfacelou o sistema de paridades cambiais fixas de Bretton Woods, ou com a crise financeira de 1992, logo após o lançamento da futura União Monetária. E as esperanças se renovaram por ocasião do Ato Único Europeu de 1986, que alargavam as bases da integração europeia, ou quando, com o Tratado de Maastricht de 1991, surgia a União Europeia, incorporando uma visão política mais profunda e abrindo caminho para a moeda única.

Agora novamente a Europa, depois de se alargar na direção das fronteiras da Rússia e de festejar talvez precocemente um boom imobiliário, reencontra um campo de incertezas, mal completada a primeira década da nova União Econômica e Monetária, que deu vida ao Banco Central Europeu e ao esperado Euro.

As agruras que afligem a União Europeia não são conjunturais ou episódicas. Diferentemente, existem questões estruturais, amenizadas em períodos de prosperidade, mas que vêm se agravando desde que a crise do subprime se alastrou na economia mundial, ficando a salvo talvez apenas a notável máquina chinesa.

Na análise das dificuldades que paralisam as economias europeias – e com maior rigor os países da Zona do Euro – percebe-se que no centro do furacão estão justamente economias endividadas, como todas, e também as mais frágeis – Grécia, Itália, Portugal e Espanha, as chamadas PIGS. Todas, à exceção da Espanha, com a dívida do setor público superando 100,0% do PIB, em 2010.

Os problemas que põem em risco a sobrevivência do Euro têm como origem, no caso dos PIGS, paradoxalmente, a própria moeda única. Ela surgiu como instrumento para reforçar a integração econômica e ampliar o seu aspecto político.

A questão fundamental é que um sistema de moeda única representa, de fato, o mesmo que um sistema de paridades cambiais fixas – rigidamente fixas, no caso. E taxas fixas só podem subsistir com: (a) inflação zero em todas as economias da área, ou (b) taxas de inflação iguais nos diferentes países. Pois qualquer situação diferente tem o sentido de uma valorização (ou desvalorização) da moeda do país – ou dos países – onde os preços tenham crescido mais. Não há possibilidade – num sistema de moeda única – de compensação dos diferenciais de preços através do realinhamento do câmbio, como normalmente se procuraria fazer.

Seria cínico, por outro lado – e mesmo fantasioso – dizer, como o fazem agora os países ricos da Europa, o Banco Central Europeu (BCB) e os ávidos banqueiros, em relação aos parceiros PIGS, que o problema se resolve simplesmente levando-se o país à recessão – com mais juros, mais impostos, menos gastos públicos, no melhor estilo dos clássicos enlatados do FMI. Assim, com maior desemprego, recuariam os salários e os preços internos, invertendo-se a posição de moeda valorizada, mesmo negando todos os postulados da União Europeia.

A realidade é que há diferenças crescentes nas taxas de inflação dentro da Zona do Euro, em desfavor das economias de menor porte. Em relação a 1998 – base de comparação pós-Euro – e até 2010, os preços (Deflator Implícito do Produto) cresceram 10,9% na Alemanha e 22% na França, os carros-chefe da União Europeia. Os percentuais foram bem mais elevados nos países que enfrentam dificuldades no financiamento da dívida pública: 31,5% na Itália, 35,6% em Portugal, 42,4% na Grécia e 45,9% na Espanha. O que, de fato, tem o mesmo sentido de uma valorização implícita de suas moedas frente aos demais parceiros da zona, e ainda mais intensa em relação a moedas que ao longo do tempo se desvalorizavam frente ao Euro, como o caso do Dólar americano.

Não surpreende, portanto, que aqueles países com preços mais instáveis venham acumulando elevados déficits externos, especialmente no caso de Grécia e Portugal, nos quais o somatório de saldos negativos em Contas Correntes no triênio 2008-2010 foi equivalente a algo como um terço do PIB (BIRD, www.databank.worldbank). E pior é que, descartando a hipótese mais plausível de que a maior inflação decorre de questões estruturais, as economias mais fracas ficam sob pressão continua de restrições ditadas pelo Banco Central Europeu, que travam os países sob o pressuposto de que são excessos de gastos governamentais que provocam desequilíbrios e comprometem as metas de inflação fixadas para a Zona do Euro.

É a maldição da Síndrome do Euro – um regime cambial arcaico que se supunha varrido, antes pelo esquema de Bretton Woods, e posteriormente, a partir de 1979, pelos sábios critérios de paridades reajustáveis do Sistema Monetário Europeu.

O NOVO TSUNAMI QUE PÕE EM RISCO A ECONOMIA EUROPEIA Os problemas mais recentes, ligados aos riscos de inadimplência dos PIGS – que já chamusca as finanças da Grécia, estão mais para uma ópera-bufa. Os governos de praticamente toda a OCDE aumentaram a dívida pública num total próximo de US$ 10 trilhões apenas no triênio 2008-2010, porque tiveram de lançar fortunas em suporte os seus bancos, evitando um caótico efeito dominó. As economias mais fracas da zona do Euro, agora no cadafalso – e que vinham reduzindo o peso relativo da dívida pública ano a ano – fizeram o mesmo, abandonando o caminho do controle das finanças para salvar os bancos. Nada diferente da ação dos governos dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França ou Alemanha. Todos se complicando porque a crise econômica fez recuar o PIB. Sofrem ainda, no caso dos PIGS, com a alta dos juros, provocando, com o duplo efeito, deterioração dos indicadores Divida/PIB no pós-2008.

A estratégia atual escolhida pelos líderes da União Europeia é perigosa. Além de não contribuir para a superação do impasse, enfraquecem ainda mais as economias fracas, empurrando-as para a moratória. Como fizeram FMI, bancos e governo americano em relação ao Brasil e outros devedores nos anos 1980.

A solução, e ainda é tempo, é reduzir parte da dívida. Os bancos terão de assumir perdas, trabalhar com taxas de juros fixas civilizadas e alongar os prazos para o pagamento do remanescente das dívidas. Estas estão representadas por títulos comprados ou garantidos pelo BCB e os Fundos de Financiamento em gestação. O resto é ilusão. Inclusive quanto à possibilidade de se manter sob o falso guarda-chuva do Euro países que a moeda única agride e inviabiliza como exportadores e produtores para o próprio mercado.
___________________________________________________________________________________

Dércio Garcia Munhoz, economista, professor titular do Departamento de Economia da UnB até 1996. Ex-presidente do Conselho Federal de Economia e do Conselho Nacional da Previdência Social. É membro do Conselho Orientador do Ipea.
foto

sexta-feira, 4 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Clássicos das Ciências Sociais I

        Émile Durkheim é considerado um dos pais da sociologia moderna, tendo sido o fundador da escola francesa, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica, e tendo como objeto de estudo o fato social. Assim, neste vídeo a seguir veremos a concepção de sociedade por Durkheim aplicada em um pequena cidade de São Paulo, onde sua complexidade pode ser menor comparada a cidades maiores.


Crise do real em 1999

Referente a discussão em sala de aula sobre o contexto em que a obra de Mankiw (Princípios de introdução à economia) foi escrita resolvemos analisa-lá perante o contexto econômico no qual o Brasil encontrava-se. Um dos principais fatos no lançamento da primeira edição brasileira, entre 1997 e 1999, encontramos a crise da desvalorização do real perante o dólar, referente a isso temos abaixo uma matéria publicada em 20/01/1999 pela revista Veja que refere-se ao contexto da crise e suas consequências.


O Brasil piscou

Em atraso com as reformas e pego pela síndrome Itamar, o
governo perde credibilidade rapidamente e libera o câmbio
Eurípedes Alcântara
Uma sensação de alívio foi o primeiro impacto da decisão do governo de deixar a cotação do real flutuar na sexta-feira passada. O fim do suspense criado pela dúvida a respeito da capacidade do governo brasileiro para defender a moeda gerou euforia contagiante. Explica-se. Afinal o país torrou cerca de 40 bilhões de dólares nos últimos seis meses tentando aplacar a fome de moeda forte dos especuladores. Tudo resolvido, portanto? Infelizmente não. Os analistas que se dedicavam a entender que país emergirá da farra cambial da sexta-feira passada acham que, como em todo surto eufórico, este esconde mais do que revela sobre o futuro imediato da economia brasileira. "No primeiro dia da moratória da Rússia também houve um ânimo comprista nas bolsas e no mercado de títulos com base na idéia de que o país estava em liquidação", observa o economista Edmar Bacha, diretor do escritório do banco BBA em Nova York. Bacha acredita que o mercado deu um inequívoco sinal positivo ao Brasil depois da desvalorização mas continuará implacável na cobrança de reformas capazes de tornar o país governável financeiramente. "O governo deu seu lance, que foi bem-aceito. Todo o foco do mercado agora está centrado no Congresso", diz Bacha. "Um vacilo e tudo se desarranja na mesma velocidade."



Há poucas dúvidas de que a euforia inicial possa azedar caso o Brasil não consiga aprovar as reformas no Congresso
O Brasil continua enredado numa das piores crises de sua História. Gasta quase tudo que arrecada para pagar funcionários e juros de uma dívida que caminha para chegar a 400 bilhões de dólares. Se não enxugar seus déficits será um país inviável. O problema tem ramificações sociais e políticas graves cuja resolução desafia os governantes há décadas. O próprio desfecho da questão cambial da semana passada é um reflexo dessa situação-limite. A deterioração que culminou com a desvalorização do real nasceu das dúvidas do mercado quanto a capacidade de pagamento do país depois do calote de Itamar Franco. "A situação continua instável. O gesto insano de Itamar gerou reações depressivas exageradas no mercado. A desvalorização do real está criando o oposto, a euforia simplista segundo a qual todos os problemas se resolvem com um golpe de câmbio", afirma o ex-ministro Mailson da Nóbrega.



O fato de um governador desvairado ter o mesmo peso desestabilizador no mundo da crise asiática ou da moratória russa é um sinal dos tempos. Ele mostra que a volatilidade chegou para ficar nos mercados financeiros mundiais. Eles criaram entre si uma dependência quase biológica. É quase impossível aos países esconder suas vulnerabilidades. No Brasil essa noção nunca se firmou. Os políticos e dirigentes sempre se sentiram acima de tudo e de todos. Por isso, questões vitais para a saúde financeira do país, como a reforma da Previdência e a criação de mecanismos de cobrança mais igualitários de impostos, nunca saíram do reino das intenções e das promessas. O governo precisa aproveitar a forte reação positiva à mudança cambial para fortalecer-se e apressar a aprovação do ajuste fiscal e da reforma da Previdência. "A reação inicial abriu uma janela para o governo engatar algo mais concreto", diz Mailson da Nóbrega. Enquanto gastar mais do que arrecada, o Brasil será um país vulnerável seja qual for sua política cambial. Há poucas dúvidas de que a euforia inicial possa rapidamente azedar caso o Brasil não consiga passar os ajustes no Congresso e com eles obter um efetivo apoio externo.



Responsável quase solitário pela manobra que culminou com a revolução no câmbio, o presidente Fernando Henrique Cardoso andava abatido na semana passada. Reafirmou os compromissos de seu governo com a estabilidade e o pagamento das dívidas do país, mas não parecia contagiado pela euforia dos mercados. O presidente ganhou mais tempo para manobrar, porém perdeu a equipe econômica unida que o acompanhava desde o lançamento do Plano Real. Na última semana, fazendo a mudança cambial num momento delicado de crise por falta de alternativa, o Banco Central errou brutalmente na avaliação do impacto de suas medidas iniciais sobre o mercado, mesmo dispondo das experiências dramáticas do México, da Tailândia, da Indonésia, da Coréia do Sul e da Rússia. Criou-se na quarta-feira um sistema de flutuação do real contida em margens que foi pulverizado em poucas horas pelo mercado. Só então, dois dias depois, o BC adotou a flutuação livre do câmbio. A mudança cambial foi decidida pelo presidente da República municiado de informações vindas de fora do círculo da equipe econômica. No final da semana, ainda era muito cedo para detectar sinais dos mais temidos males que costumam acompanhar desvalorizações cambiais feitas por países parecidos com o Brasil — mais recessão e mais inflação. A combinação é de dar arrepios.


Foto: Ana Araujo/infrografico:A. Caires

quarta-feira, 2 de maio de 2012

PRODUTOS AGRÍCOLAS MAIS SAUDÁVEIS E MAIS BARATOS

        Para que as pessoas de hoje e do futuro não passem pela crise na alimentação, o sistema agrícola deve ser eficiente e não deve fazer uso de agrotóxicos, pois estes podem causar doenças. Os produtos orgânicos são mais saudáveis, no entanto estão mais susceptíveis a pragas, por outro lado os produtos trangênicos desenvolvem novas espécies de frutas, verduras, legumes e cereais, mudando-as em sua integridade. Qual seria a solução?
        Estamos caminhando para uma grande crise na alimentação mundial, isso porque não conseguimos mais produzir todos os alimentos de que precisamos. Segundo estatísticas, dentro de poucos anos o número de pessoas na Terra aumentará tanto que a agricultura produzindo todos os cereais mais diversificados possíveis, não serão suficientes para abastecer os países.
       Visando solucionar esse problema, as produções agrícolas recebem altas doses de pesticídas, agrotóxicos e fertilizantes artificiais, visto que a produção tem que ser resistênte a pragas e ao mesmo tempo seus frutos devem ser grandes e suculentos em poucos meses.
       Isso tudo porém, prejudica a saúde, já que esses produtos para tornarem a produção melhor tem propriedades agressivas, venenosas e acumulativas no organismo humano que podem causar câncer.

                               


Os alimentos orgânicos que são aqueles que não levam pesticídas são muito mais saudáveis mas, por se tratar de alimentos naturais e com método de produção tradicional, podem demorar mais tempo para estarem prontos para o consumo e podem ser destruídos mais facilmente por pragas e efeitos climáticos, isso os tornam produtos mais caros e de díficil acesso a maior parte da população.
Por outro lado os trangênicos, que são alimentos que sofrem mudanças em seus códigos genéticos, tem características como sabor e aparência modificados, deixando suas origens singulares de lado.
O professor suiço Klauss Ammann e os geneticístas Pamela Ronald e Raoul Adamchak acreditam na junção dessas duas ideias, trangênicos e orgânicos ao mesmo tempo, como solução para agricultura do futuro.
No entanto, alguns estudiosos ainda são resistentes a ideia da junção de modos de produção tão concorrentes.
A proposta é fazer com que os alimentos continuem nutritivos e saudáveis como os orgânicos mas, agora recebendo modificações genéticas para se tornarem mais resistentes a agentes externos o que consequentemente tornaria a produção mais rápida e mais economicamente viável ao consumidor final como o acréscimo de não prejudicar em nada a saúde, pois os itens agrícolas ficariam livres dos produtos químicos.
Dessa forma as gerações futuras não precisarão sofrer com a escassez e com doenças provenientes da alimentação que a nossa geração tem sofrido.