domingo, 28 de outubro de 2012

Durante a apresentação do artigo Brasil no MERCOSUL um tema surgiu durante as discussões em sala: o inegável aumento da influência política, econômica e social brasileira na América do Sul que vem sendo conhecido como "Imperialismo Brasileiro", aproveitando para aprofundarmos o assunto, o texto abaixo de Tom Lima do site livrodomundo.com aborda com clareza e simplicidade essa nova característica da política externa brasileira.


País delimita seu “quintal”

2 de setembro de 2011
Por Tom Lima
Cataratas do Iguaçu, vistas do Brasil: ricos recursos naturais. Imagem: Free 2 use it.

O Brasil dá sinais claros de que começa a delimitar seu próprio “quintal”, a América do Sul. Inúmeras evidências, tanto políticas, econômicas, culturais e mesmo militares, podem ser vistas. Segue o caminho de outros países que se consolidaram como potências imperialistas.
Virou anedota a expansão da influência norte-americana sobre todo o continente, de Cape Columbia, ponto mais extremo das Américas, ao norte do Canadá, ao Cabo de Hornos, ponto mais extremo, ao sul da América do Sul. Estava no Destino Manifesto do grande país do Norte.

Particularmente, diz-se, sem maiores constrangimentos, que a América Latina é o quintal dos Estados Unidos. Agora, o Brasil está, claramente, delimitando seu destino: a América do Sul – e, quem sabe, os demais países latinos-americanos do Caribe e América Central.

Os vizinhos podem estrebuchar e acusar os brasileiros de pretensões imperialistas, como todos os americanos, exceto, talvez, o Canadá, se referiram ao avanço estadunidense no passado. Contudo, a expansão contemporânea brasileira sobre a região vizinha é inevitável e eles terão que aprender a conviver com ela, para o bem de todos.

Gigante por si mesmo

Com um tamanho colossal, tão grande que seu contorno segue o próprio desenho geográfico da América do Sul, espremendo os demais países da região em uma estreita faixa de terras que vai dos Andes até o Pacífico, a oeste, e o Caribe ao norte, o Brasil tem recursos naturais incalculáveis, vastas volumes de petróleo e água potável, e pastos e terras agricultáveis a perder de vista.

Além disso, tem um mercado interno forte e uma economia que é mais que o dobro de todas as demais economias da região. De fato, a soma do PIB do resto da América do Sul não chega à metade do PIB do Brasil, que avança mesmo sobre economias de países do mundo desenvolvido.

Ranking da CIA

Segundo ranking da CIA (Central de Inteligência dos Estados Unidos, na sigla em inglês), atualizado até janeiro de 2011, na América do Norte, o Brasil já deixou para trás o Canadá, o grande parceiro comercial da América, e o sofrível México, parceiro norte-americano do NAFTA. Na verdade, só perde, entre todos os países das três Américas, para a gigantesca economia dos EUA.

Na Europa, desbancou, sucessivamente, a Espanha, a Itália e a poderosa França, devendo ultrapassar já-já, ou já ter ultrapassado, o Reino Unido.

O Brasil não perde de vista a África, onde deverá enfrentar a incômoda ostentação chinesa. Contudo, é na América do Sul onde o Brasil vai buscar – e vai consolidar – mercado imediato para sua pujante economia. Dezenas de empresas multinacionais brasileiras já estabeleceram bases avançadas em toda a região e mais seguirão o caminho, sempre que o próprio mercado do País ficar pequeno para elas.

Para consolidar seu avanço, deve promover a cooperação e buscar o desenvolvimento dos povos vizinhos, ajudando a erguer a infraestrutura desses países que, também, servirá aos desígnios do País. E o Brasil já tem em andamentos vários projetos rodoviários e ferroviários para interligar a malha brasileira à dos países vizinhos.

Setor energético

E agora, sob justificativa de aliviar a necessidade premente de energia elétrica na América do Sul, mas descaradamente para alimentar suas indústrias e os lares brasileiros, o País começa a estudar a construção de novas usinas hidroelétricas não só em seu próprio território, mas na melhor tradição imperialista – em território alheio.

De fato, os estudos em andamento preveem a construção de oito dessas usinas em nada menos que sete países sul-americanos. A meta é gerar 12 mil MW. Sem dúvida, é um projeto grandioso, considerando que Itaipu, que por décadas  foi a maior do mundo e, agora, é a segunda, gera 14 mil MW.

País não retrocederá

A despeito dos imensos problemas que o Brasil ainda enfrenta – e tem que enfrentar e solucionar – em seu próprio território, como os da educação e da infraestrutura, o País vai, sim, avançar sobre os vizinhos e consolidar sua própria zona de influência, os vizinhos queiram ou não.
É o que deixa claro a história de todos os países do mundo que chegaram lá. Pessoalmente, não acredito que o País retrocederá. Fomos longe demais para ficar no caminho. Posso notar como o Brasil se verga sob a importância de sua própria ascensão para combater e eliminar a corrupção, e fazer as reformas políticas e econômicas que ainda devem ser feitas.
Nós, brasileiros, entramos em um alvissareiro ciclo vicioso do qual não temos como sair. Ele nos levará, sem dúvida, a dias cada vez melhores.

Um comentário:

  1. Casino - MapYRO
    Casino Hotel, Wynn, Las Vegas, NV. 순천 출장샵 Find reviews 동두천 출장안마 and hours of 경상북도 출장마사지 operation and customer 순천 출장마사지 service for Casino Hotel, Wynn Las Vegas. Rating: 5 · ‎15 reviews 영천 출장안마

    ResponderExcluir